Popularidade
da Cirurgia de Ocidentalização das Pálpebras cresce no Brasil
O
contato dos orientais com as culturas européia e americana trouxe mudanças nos
costumes e nos valores estéticos. A Ocidentalização das Pálpebras tem sido uma
das cirurgias plásticas mais procuradas pelos jovens dos países orientais e por
orientais que vivem no Brasil. Dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia
Plástica mostram que no Brasil, aproximadamente 14 mil pessoas submetam-se a
cirurgias de Ocidentalização a cada ano, sobretudo em São Paulo e no Paraná,
onde estão as maiores colônias orientais, o dobro do que acontecia no início
dos anos 90.
Os
que não nasceram com as “dobrinhas” nas pálpebras superiores, como os
orientais, recorrem à cirurgia para ter olhos mais vivos e obter um toque mais
harmonioso à face. Normalmente, a altura da dobra nos ocidentais é de 10 a 11
milímetros, já nos orientais esta medida é de aproximadamente 5 a 8 milímetros.
Para os orientais é tão importante ter a dobra palpebral superior que lançaram
no mercado Internacional colas que fazem este sulco, mas duram apenas até a
lavagem do rosto, por isso a cirurgia plástica passa a ser fundamental para
esses jovens. O curioso é que até mesmo
nos famosos mangás observa-se que os personagens têm os olhos grandes, o que
vem confirmar a preferência dos orientais pelas “dobrinhas”.
A Dra. Edith Horibe, cirurgiã
plástica, PhD pela Faculdade de Medicina da USP, expoente em Gestão
Antienvelhecimento e em Estética Médica, explica que 50 % dos orientais e
seus descendentes apresentam a pálpebra superior lisa e sem a dobra. A cirurgia
plástica de Ocidentalização possibilita criar essa dobrinha.
A médica esclarece que os
orientais têm ausência do sulco palpebral superior (ausência de dobra na
pálpebra superior), que geralmente fica 5 a 8mm da borda dos cílios, excesso de
bolsas de gordura na região central e medial da pálpebra superior e epicanto
medial (prega de pele na parte medial do olho). A cirurgia consiste em retirar
parte da gordura existente nas pálpebras superiores para eliminar o aspecto
inchado, típico dos rostos orientais e depois é feita uma “dobrinha” em cima
dos olhos. "Os ocidentais têm naturalmente uma pequena dobra na pálpebra
superior, enquanto que 50% dos orientais não. A cirurgia faz a fixação da derme
ao músculo elevador da pálpebra e tarso, de modo a fazer a dobra e simular a
pálpebra ocidental", diz Dra. Edith.
O
olho oriental também costuma apresentar maior gordura nesta região em relação
aos ocidentais, ficando assim com o conjunto ocular mais proeminente. "Na
maioria dos casos, pode ser interessante retirar um pouco da gordura. Mas, o
mais importante é fazer a dobrinha bem calculada", diz a especialista.
Segundo ela, é necessário também levar em consideração as características
próprias da pele oriental, mais propensa à formação de cicatrizes em forma de
quelóides. “A cirurgia é bastante simples, fazemos a dobra na medida que é
comum nos orientais para que o formato do rosto não seja alterado e as
pálpebras ganhem um aspecto mais suave”, relata a médica.
Esta cirurgia além do uso estético, também tem a
utilidade de correção.
As pessoas que nascem sem as pregas nos olhos têm chances de desenvolverem problemas visuais com o decorrer do tempo, o excesso de pele vai aumentando a ponto de acarretar dificuldade visual, sendo muitas vezes necessária a intervenção cirúrgica.
As pessoas que nascem sem as pregas nos olhos têm chances de desenvolverem problemas visuais com o decorrer do tempo, o excesso de pele vai aumentando a ponto de acarretar dificuldade visual, sendo muitas vezes necessária a intervenção cirúrgica.
É uma cirurgia rápida, de
pouco mais de uma hora e não precisa de internação. Logo de imediato já se vê o
resultado. Três dias depois começa a retirada dos pontos, que termina em cinco
dias. Em uma semana ou um pouco mais, o paciente já pode levar uma vida normal.
É
preciso respeitar as diferenças entre os padrões estéticos orientais e ocidentais,
pois cada um tem a sua beleza, cabendo ao cirurgião ajudar a exteriorizá-la.
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